Médico catarinense defende prevenção ao suicídio
O psiquiatra Alan Índio Serrano participa nos dias 29 e 30, em Porto Alegre, do Seminário Nacional “Violência: Epidemia Silenciosa”, onde irá apresentar a obra “Chaves do Óbito Autoprovocado”. O evento é organizado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde e discutirá o impacto da violência, em suas várias formas, sobre a saúde pública.
Com o enfoque na prevenção do suicídio, o médico aborda em seu livro as diferentes contribuições da sociedade que podem culminar na morte autoprovocada, ou o suicídio. A obra questiona, por exemplo, como a opinião pública, familiares e funcionários da área da saúde, incluindo as equipes de Saúde da Família, podem contribuir na prevenção da violência autodirigida; quais cuidados precisam ser tomados, em caráter emergencial, diante de um paciente autodestrutivo; e por que a Região Sul tem taxas tão altas de suicídio.
O encontro pretende ainda aprofundar questões relevantes como o impacto do uso de álcool e drogas, a violência na adolescência e a violência no trânsito. De acordo com dados do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, em 2006 ocorreram 47.477 óbitos por homicídio (130 por dia), 34.954 mortes no trânsito (96 por dia) e 8.344 suicídios (23 por dia), o que equivale a 249 mortes ocorrendo a cada dia.
Diariamente os serviços de saúde recebem vítimas em situações de urgência e emergência, oferecendo o acompanhamento necessário para o restabelecimento das condições de saúde e reabilitação dessas vítimas. O impacto da violência custa para o Sistema Único de Saúde cerca de R$ 1 bilhão por ano.
Uma das intenções do Seminário é discutir ações preventivas não só pelos gastos que o sistema tem, mas para oferecer qualidade de vida à população. O Seminário poderá ser acompanhado pela internet no endereço www.saude.gov.br/emtemporeal.